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21 de mai. de 2009

Música



Tente, mesmo que por instantes, definir o que é a música

Essa manifestação comunicativa é tão complexa e composta por tantos elementos, que se torna impossível definir o que é a música.

Música é música. Até um tolo entende o que é música, não precisa ser ensinado.

Música, no meu entendimento, é o idioma da alma. Já sabia, quando este artigo passou por minha cabeça, que eu iria me estender. Vou começar explicando os motivos.

Já tive uma coleção de CDs com mais ou menos trezentas peças. Isso na década de 90. Atualmente, depois de guerrear com a vida por um tempo, sobraram só alguns, os muito especiais. Eu os gravei e fiz backup. Irei disponibilizar minha coleção de CD´s (os remanescentes), umas trinta e poucas peças, muito especiais para mim. Espero que gostem. Mas vamos voltar a música.

Desde que me conheço por gente, aprecio música. Acredito que tudo o que é vivo, aprecie música. Já mostraram que vegetais que ouvem música se desenvolvem mais. Quer loucura maior que esta? Prova de que a música está diretamente ligada à centelha divina da criação.

Diz a física moderna que tudo é onda. Som se propaga através de ondas. Ondas. A música nada mais é que uma ordenação arbitrária nas ondas.

Onde há música, há ritmo. O ritmo é a base da música. Sem ritmo, não há harmonia nem melodia. Música não existe sem ritmo.

A vida é ritmo. Ritmo, nada mais é do que movimento cadenciado. 

"Ritmo vem do grego Rhytmos e designa aquilo que flui, que se move, movimento regulado." - Wikipédia

Através do ritmo, da cadência, conseguimos construir harmonias e melodias. Quando encontramos estes três elementos, nos deparamos com a Música.

Se você não sabe, eu te conto: John Milton Cage se trancou numa sala livre de ruídos para escutar o silêncio e quão pasmo não deve ter ficado ao constatar que seu sistema nervoso, sua circulação sanguínea e seu coração não permitiram à ele perceber o tal silêncio. Notem: coração, ritmo; circulação, harmonia; sistema nervoso, melodia. Assustador, não? O cara conseguiu ouvir a música da vida, literalmente. No final do post vou por a melhor composição dele, em vídeo.

Claro, existem muitas opiniões sobre o que é música, só quero registrar a minha. Assisti (atônito, confesso) o mundo mudar de analógico para digital. Junto com essa transformação, aparecem diariamente vertentes nunca antes imaginadas no mundo musical. Ou vai me dizer que algum músico da década de 80 sonhou algum dia com o MySpace? Mas vamos voltar à musica.

Para falar de música, (já li uns 30 artigos à respeito, estou ficando com medo do que vai sair aqui), fico obrigado à falar de percepção.

Música é percepção. Acabamos por chamar de música a ordenção de sons ritmados. Nem sempre o que é música para um, é para outros. Cheguei a ler por aí que existe uma predisposição biológica para a música, como se fosse uma ROM devidamente instalada em nosso cérebro. (ROM - Read Only Memory, a bios do computador).

Na natureza, música é sexo. O passarinho canta alto e capricha na melodia para atrair a fêmea. A baleia entoa cânticos de acasalamento. E se gravarmos um casal em coito, a sucessão de ruídos, gemidos e sons, com certeza será música. 

Parece que a existência é uma música.

Faz sentido, a existência é uma música. Chega de divagar e vamos aos artigos que considerei interessante:

Pesquisas recentes revelam que a música tem mais a ver com biologia do que com nossa inspiração e escolhas estéticas
Por Rodrigo Cavalcante - Superinteressante 161

Pode ser difícil acreditar que uma melodia tenha qualquer utilidade quando você escuta seu vizinho desafinado. Mas acredite: novas teorias afirmam que a música mudou o ritmo da evolução humana
Superinteressante 203

Wikipédia, claro. Pt - En;

Sobre a História da Música - Almanaque wikipédia

7 de abr. de 2009

HQ - Fagin, O Judeu - Will Eisner





Sinopse: Personagem-chave de Charles Dickens, Fagin é um judeu que vive na Inglaterra do século XIX. Nascido pobre, passa por dificuldades a vida toda até se envolver com um jovem chamado Oliver Twist.

Review por Eduardo Nasi: 

Quem tem direito de corrigir um clássico? Essa pergunta tem sido repetida à exaustão nos Estados Unidos nos últimos vinte e poucos anos. De um lado, defensores de minorias, que conseguiram expurgar do currículo escolar peças de William Shakespeare que continham insinuações racistas. De outro, intelectuais como o crítico literário Harold Bloom, que perguntava que tipo de idiota poderia pensar em proibir jovens de lerem o autor de Romeu e Julieta, Rei Lear e tantas outras.

Em tese, bastaria um professor dizer que preconceito era errado e que tinha sido escrito em uma época com outro contexto, servindo até mesmo para dizer que a humanidade já errou uma vez ao aceitar o preconceito. Os dois lados, claro, não chegaram a um consenso.

E, pouco antes de morrer, um cânone dos quadrinhos resolveu entrar na briga. Will Eisner, criador do Spirit, do termo graphic novel e de algumas das melhores HQs de que se tem notícia, resolveu justificar a sem-vergonhice de um velho personagem de Charles Dickens.

Dickens é um dos grandes romancistas ingleses. Sua obra é grandiosa e encantadora. Oliver Twist, história de um jovem herdeiro que sofre os diabos nas mãos de um judeu ladrão chamado Fagin, é um de seus romances mais conhecidos e amados pelo público. A princípio, dispensa defesa.

O Fagin de Dickens, criado dois séculos antes da onda politicamente correta, é um judeu caricato e estereotipado. Não só ele: naquela época, judeus no mundo inteiro eram tidos como uma desgraça. Pra começo de conversa, tinham mandado matar Jesus Cristo.

Para Eisner, Fagin é um paradigma do preconceito e um fator difusor da sórdida visão que se tinha dos judeus. Refletiria até os dias de hoje. E então o autor de Spirit resolveu, se não consertá-lo, dar-lhe um passado de maus tratos que justificaria os crimes da maturidade.

Na pior das hipóteses, seguindo a linha de Bloom (por sinal, judeu), o enredo de Eisner é uma grandessíssima bobagem. Na melhor, não passa de um exercício de criação tolo, que virou uma bela trama, até porque o autor foi um contador de histórias inigualável. Mas culpar Rebecca Lopez pela desgraceira de Fagin e, de lambujem, de Oliver Twist, já é forçar um tanto a barra.

Fagin é, sim, um personagem que reflete seu tempo. Não apenas socialmente, como produto do contexto londrino, mas também de uma época em que não se tinha problema em ser preconceituoso. Seu retrato tenebroso, compartilhado até mesmo com exemplos que Eisner apresenta em um posfácio, é um símbolo de uma época que se torce para que não volte mais.

Lido deixando de lado apegos a paixões literárias, Fagin, o Judeu, é uma das mais extensas das obras recentes de Eisner. Também é a que mais se aproxima literariamente de um romance - fazendo um paralelo, o velho mestre vinha privilegiando os contos. Tem um desenho soberbo, em que a textura do papel aparece na pintura da impressão. A edição da Companhia das Letras, como sempre, é impecável, bem como a deliciosa tradução de André Conti.

(retirado de Universo HQ)

6 de abr. de 2009

Tatiana Belinky - A fada das palavras




Esta simpática senhora, que já é nonagenária, é uma das escritoras que mais admiro. Com maestria, adaptou toda a obra de Monteiro Lobato para a televisão. A primeira versão do Sítio do Pica Pau Amarelo, exibida pela extinta TV Tupi, foi uma adaptação em que ela criou, junto com Júlio Gouveia.

Tive o prazer de me emocionar com seu depoimento num programa de tv a cabo, a qual o nome e o canal não me recordo, em que assisti depoimentos de imigrantes russos vivendo em São Paulo. Tanto os imigrantes quanto seus descendentes. Me interessei, pois convivi com um Ucraniano por um tempo, são pessoas de uma inteligência ímpar, despertou meu interesse. Eis que no programa me deparo com ela, Tatiana.

A televisão é ruim, a considero ruim, é muita informação visual e sonora, captamos tudo mas só recordamos fragmentos, quando recordamos. E olha que minha memória é boa. Para as coisas que leio e entendo. Agora, o que vejo na caixa-mágica... Na caixa-mágica fica. Por isso prefiro os livros. Tatiana define os livros da seguinte maneira: "Sempre digo aos pequenos que o livro é um objeto mágico, muito maior por dentro do que por fora. Por fora, ele tem a dimensão real, mas dentro dele cabe um castelo, uma floresta, uma cidade inteira... Um livro a gente pode levar para qualquer lugar. E com ele se leva tudo."

E com ele se leva tudo. Nada mais à dizer. Tatiana Belinky é hoje uma escritora premiada de livros infantis. Não li nenhum dos livros dela, mas pelo que pude constatar acerca do conhecimento que essa sábia anciã possui, tenho certeza que são livros importantes. Se existe uma pessoa em que eu teria dificuldades em controlar a emoção de conhecer, é Tatiana. Eu adoraria tomar o chá das 17:00 com ela. Sou descendente de imigrantes e nunca achei meu lugar nesse mundo. Infelizmente não tive contato com os imigrantes da minha família, a "educação" que me foi passada já sofrera modificação... Por que tenho a sensação de ter nascido em época errada?

Eu me recordo bem da Tatiana ser questionada no programa, tipo: Se você não fosse Tatiana Belinky, quem gostaria de ser. A resposta foi fulminante, sem ao menos pensar para falar. Emília. A boneca-gente. A personagem que ela teve tanto carinho em adaptar para a tv. E que falava o que pensava e fazia o que queria. E era mágica. :)

A mágica da vida se perdeu no ser humano, que busca fora de si respostas que se encontram nos recônditos da mente. Ler, nada mais é do que penetrar a mente de outra pessoa. E existem mentes que são deveras encantadoras. Tatiana é uma delas.

"Porque, para quem sabe prestar atenção em cada pequena coisa que acontece - ou não acontece, é só pensada ou imaginada -, a vida de todos os dias é cheia de coisas bonitas, alegres, tristes, intrigantes, interessantes...É só cada um usar os seus "olhos de ver", sabiam?" (Tatiana Belinky)

Nesta frase, Tatiana me lembra Saramago. "Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara." Sábio conselho.

É isso!

ADENDO 17/06/2013

A escritora de livros infantil-juvenis Tatiana Belinky, de 94 anos, faleceu na tarde deste sábado (15) no Hospital Alvorada, em São Paulo, após 11 dias internada.

RIP Tatiana!

Referências:

4 de abr. de 2009

HQ - Um Sinal do Espaço - Will Eisner




Sinopse: Em plena guerra fria, um observatório de radioastronomia estadunidense recebe um sinal de rádio do espaço. Nele, descobre-se uma seqüência de números primos.

A partir de então, têm início várias intrigas políticas, pessoais e morais.

(retirado de Universo HQ em 04/04/2009)

Minha obra preferida Eisner. O enredo mais encantador e denso que encontrei deste autor, sem sombra de dúvida, um mestre, um gênio. Deguste-a!

2 de abr. de 2009

HQ - O Último Cavaleiro Andante - Will Eisner





Don Quixote de La Mancha é um dos clássicos da literatura universal. Lançado em 1605 pelo lendário Miguel de Cervantes, o livro já encantou várias gerações em diversos cantos do planeta e muitos já discorreram sobre seu conteúdo. Do russo Dostoievski ao brasileiro Machado de Assis, centenas de escritores disseram ser esta uma das obras mais importantes já escritas.

Will Eisner dedicou grande parte da sua vida a outro gênero de arte, os quadrinhos. O consagrado mestre da arte seqüencial realizou um esforço inestimável para alçar as HQs ao patamar das "grandes artes", algo que não foi em vão.

Nesta obra, Eisner faz uma releitura de um dos cânones da literatura. E quando ele encontra Cervantes, Quixote descobre a nona arte.

Obviamente, não é possível transpor nas 32 páginas do gibi toda a grandeza espalhada pelas centenas de laudas do romance. Como Eisner sabia disso, se agarrou a um único propósito: transpor o espírito quixotiano para os quadros de sua obra. Para tanto, utiliza desenhos de grande expressividade aliados a uma narrativa ágil.

Os cenários desenhados fazem jus aos narrados no livro, mas é na configuração das personagens - seus rostos bem delineados, as emoções aparentes nos olhos e a irretocável anatomia - que Eisner traduz o sentimento que permeia a aventura original.

O escritor e desenhista percebeu que não adiantava focar a atenção na história em si, uma vez que a original possui todo o material necessário para um excelente narrativa. Também ponderou que pouco ajudaria tentar retratar um número grande de aventuras, uma vez que nunca conseguiria suprir tudo que o texto original de Cervantes continha.

A obra é claramente voltada para as crianças que ainda não tiveram acesso ao original, mas isso não impede que um adulto curta a aventura. Do risível e emblemático encontro com o moinho à cruel cena do linchamento, o álbum prende a atenção do leitor, fazendo-o entender um pouco mais do espírito da cavalaria.

O final é belo. Ao transformar o próprio Cervantes em personagem de sua história, Eisner demonstra que mitos e lendas, sejam eles autores ou personagens (Cervantes ou Quixotes), vivem séculos a fio na memória dos leitores e nas páginas de seus livros; e que uma boa história jamais morrerá e está apta a diversas interpretações.

Se há um ponto negativo é a falta de material explicando quando, onde e por quem a obra foi originalmente escrita. Como mencionado acima, a HQ é destinada a crianças e adolescentes e uma ficha ajudaria a situar a história. Nada que prejudique fatalmente a edição, uma vez que a narrativa de Eisner/Cervantes consegue ter voz e vida própria.

(retirado de Universo HQ em 02/04/2009)

HQ - Pequenos Milagres - Will Eisner





Pequenos Milagres (Minor Miracles) é uma publicação tardia de um álbum de Will Eisner que saiu originalmente em 2000. Também era um dos poucos títulos inéditos do mestre - que tem praticamente toda a sua obra lançada no Brasil, ainda que de forma esparsa, espalhada por casas editoriais como Companhia das Letras, Abril, Devir, Acme e L&PM.

O álbum repete o cenário de Avenida Dropsie - A Vizinhança, mas com uma ambição menor que a de mostrar a evolução de uma região de Nova York ao longo de décadas. Pequenos Milagres foca em contos singelos que Eisner teria ouvido de sua família. São meinsas (lembranças) escritas e desenhadas muitos anos depois da primeira vez que ouviu falar delas.

As quatro crônicas têm como premissa pequenos acontecimentos que, coincidência ou não, parecem mágicos. Ou milagrosos. E evidenciam que Eisner homenageou um dos maiores cronistas dos Estados Unidos: O. Henry, de quem de fato foi leitor e por quem é influenciado desde o Spirit, nos anos 40.

Pouco conhecido no Brasil, O. Henry é um escritor que, ao fazer do cotidiano sua matéria-prima, provou que a simplicidade pode ser absolutamente encantadora. E, em Pequenos Milagres, Eisner se mostrou um seguidor nato do mestre.

Com uma força narrativa ímpar, o texto de Eisner pega o leitor pela mão na primeira página e o conduz quadrinho a quadrinho, balão a balão.

Nem parece que se está lendo: o autor é um dos raros quadrinhistas que faz com que o leitor realmente mergulhe na história. Seus personagens têm voz, seus cenários têm cheiro e suas histórias têm alma.

Sinopse: O álbum reúne quatro histórias de pequenos milagres vividos pelo povo da Avenida Dropsie.

Em O Milagre da Dignidade, Tio Amos, um vagabundo espertalhão, explora Irving até levá-lo à falência.

Mágica de Rua mostra como Mersch, um rapaz esperto, usa a inteligência para escapar de uma surra.

Um Novo Garoto no Quarteirão traz um jovem abandonado que sequer fala inglês realizando grandes feitos na pequena vizinhança.

O Anel de Casamento apresenta a união de um jovem e improvável casal - um deficiente físico e uma surda-muda.

(retirado de Universo HQ)

1 de abr. de 2009

Anime - Princesa Mononoke - Studio Ghibli



Mononoke Hime (japonês: もののけ姫, Princesa Mononoke em português) é um filme de animação japonês (anime) dirigido por Hayao Miyazaki, produzido pelo Studio Ghibli. A data de estreia no Japão foi 12 de Julho de 1997, a estreia no restante do mundo aconteceu a partir de 1999 (menos em terra brasilis, este filme não foi exibido por aqui!).

Se você nunca assistiu um anime, recomendo muito começar por este, pois ele é mágico. Um enredo perfeito, uma história elaborada, uma trilha sonora impecável... E não foi exibido em nosso país. E duvido que você encontre na sua locadora. Mas tente e pressione para que disponibilizem esta fantástica obra. Vale realmente cada minuto... Encontrei disponível uma versão no youtube (iutubio?) com áudio em japonês e legendas em inglês. Também encontrei um documentário sobre esta soberba produção e uma apresentção do compositor da trilha. Espero que se divirtam!

Sobre o enredo

Japão, Era Muromachi. Aquele era um tempo de muitas mudanças, onde os homens ainda conviviam com feras e deuses. Mas a paz só duraria até um inevitável dia em que tudo seria posto abaixo e o homem mostraria do que era capaz. Um terrível demônio que possui o corpo de Deus-Javali, estava deixando a floresta e se dirigindo ao vilarejo dos Emishi, um povo nobre cujo príncipe chama-se Ashitaka, ele é quem se encarregará de parar o terrível Deus-Javali (na verdade um "Tatari Gami", ou "Deus da Maldição") que estava a caminho de sua região, e com certeza iria destruí-la. Mas o resultado dessa batalha é que ele acaba recebendo uma maldição, posta pelo demônio pouco antes de morrer. Condenado, Ashitaka decide deixar seu povo e segue para o oeste, em busca da cura para o seu problema.

Sem que ele soubesse, no oeste, os mineradores de ferro e os deuses-animais travam uma grande batalha. Do lado dos deuses-animais se encontra San (a princesa Mononoke), uma jovem garota que foi adotada e criada por uma tribo de deuses-lobo. Seu ódio pelos humanos que querem destruir a floresta dos deuses é tão grande, que ela acaba esquecendo-se de sua própria humanidade. Mas sua vida muda quando ela conhece o jovem príncipe Ashitaka, que passa a amá-la.

As coisas não estão fáceis, já que os mineradores da aldeia liderada por Lady Eboshi só querem que sua terra seja um lugar bom e estável para se viver e seria da floresta que eles retirariam as riquezas minerais, nem que para isso animais fossem mortos e árvores fossem derrubadas.
Ashitaka acaba tendo que ajudar San e os deuses-animais contra as intenções destrutivas do homem contra a natureza. Ele também descobrirá o verdadeiro motivo de ter sido amaldiçoado e sua missão naquela guerra.

Primeiro a música:


Os 10 primeiros minutos da obra, legendas em inglês:


Para finalizar, o documentário, fantástico! (leg. em inglês)


Também encontrei uma matéria bem interessante sobre o filme na revista de cinema Contracampo.

É isso,
Espero que apreciem a dica!

(fontes: wikipedia e youtube)

28 de mar. de 2009

HQ - Spirit - Will Eisner





Em Junho de 1940 Will Eisner criou The Spirit, uma série de quadrinhos que passou a ser publicada em um jornal dominical. Eisner trabalhou como editor, mas também escreveu e desenhou a maioria das histórias. The Spirit era um dos nomes de Denny Colt, um homem que foi considerado morto, mas que na verdade vivia secretamente como um anônimo lutador no mundo do crime. As histórias abordavam uma larga variedade de situações: crime, romance, mistérios, horror, comédia, drama e humor negro.

Assim começa o artigo em português da wikipédia. Eu poderia escrever sobre a maior obra de Eisner por parágrafos e parágrafos... Mas não é esse meu interesse. Espero que se divirtam com as obras e saibam que já está nos cinemas (está? - eu não vou ao cinema) o filme The Spirit, deleitem-se com o trailer...



27 de mar. de 2009

HQ - O Edifício - Will Eisner




Sinopse: Uma história sobre a vida e morte de um edifício, por intermédio de quatros personagens que tiveram seus destinos unidos ao dele.

(retirado de Universo HQ)

HQ - O Complô - Will Eisner



Sinopse: Na forma de HQ, a gênese de uma das maiores e mais assustadoras farsas do anti-semitismo: Os Protocolos dos Sábios do Sião.

Em 1878, Maurice Joly escreve e publica O Diálogo no Céu e Inferno entre Maquiavel e Montesquieu. O que deveria ser um libelo contra o imperador francês Napoleão III, servirá, décadas depois, de base para os supracitados Protocolos, criados na Rússia pré-revolução de 1917.

A história apresenta ainda a luta incessante contra este instrumento da cultura do ódio ao longo do século XX. 

(retirado de Universo HQ)

Sobre esta obra, encontrei um comentário na net fazendo uma crítica à mesma. Aqui está o link. Eu, discordo. O Complô é a última obra de Eisner, perfeitamente compreensível e perceptível o motivo da obra causar a reação que causou no infeliz escritor do artigo apresentado. Óbvio que o artista não teve tempo hábil para lapidar o suficiente, o que era seu habitual, presenteando-nos com um trabalho mais visceral, mais para um rascunho final que para uma arte final. Como define o autor do artigo citado, na primeira parte da obra, encontramos um trabalho muito bem elaborado, desde seu layout até sua finalização. O que eu percebi chegando ao final da obra, foram páginas feitas para estarem lá como recado antes de ir embora. Se Will Eisner tinha alguma coisa para dizer em vida, deixou impregnado esse sentimento na parte me que nosso infeliz autor nominou de "chata pra caralho" .

Disponibilizo a obra, caro leitor, para que fique a vontade para ler e tirar suas prórpias conclusões. Também te agradeço se voltar aqui e opinar!

Espero que estejam gostando das HQs tanto quanto eu. Tenho relido todas as que posto, realmente tem sido um prazer disponibilizar este material.

Quero agradecer publicamente ao Eudes Honorato, do Rapadura Açucarada, ao pessoal do V de Vertigem... E a todos os loucos que tiveram coragem de destruir um gibi para escanear e nos presentear com essas pérolas de acesso à informação, sem ocupar espaço! :)

É isso!

Abraços,

Ronald

26 de mar. de 2009

HQ - A Metamorfose - Kafka, Kuper




''Ao acordar naquela manhã de sonhos perturbadores, Gregor Samsa viu-se transformado...'' A frase, imortalizada na obra-prima de Franz Kafka, ''Metamorfose'', ganha um releitura estética na linguagem dos quadrinhos através da adaptação de Peter Kuper, que chega este mês ao Brasil pela editora Conrad. 

Antes de mais nada é bom lembrar mais uma vez a história e importância da produção de Kafka. Nascido em Praga, em 3 de julho de 1883, o escritor viveu sob a influência da cultura tcheca, judia (herdada de seu pai) e alemã. O autor, formado em Direito, trouxe para seus contos o realismo e a metafísica em forma de críticas ácidas e irônicas ao sistema burocrático. 

Em ''Metamorfose'', Kafka destila angústia, opressão, medo e a dolorosa racionalidade de Gregor Samsa, personagem que acorda transformado em uma barata do dia para a noite. A história, que pode ser interpretada de diversas maneiras -Samsa poderia representar o dependente de drogas que é abandonado ou mesmo os marginais das grandes cidades-, é especialmente adorada pelos jovens, devido à intensidade com que o autor narra o período de mudanças e as consequências das mesmas de forma lúcida e muitas vezes cruel. 

Os contos de Kafka só foram reconhecidos como obra de um grande escritor após sua morte, em 1924. Agora, Metamorfose pode ser admirado com novos contornos visuais, através dos traços expressionistas de Peter Kuper, expoente dos quadrinhos norte-americanos. Kuper sempre buscou inovações estéticas na arte-sequencial mas ganhou notoriedade através do sucesso comercial de suas tiras ''Spy vs Spy'', publicadas na revista MAD. 

Em meados de 90, o quadrinhista surpreendeu com um dos melhores álbuns da década. ''The System'', lançado pelo selo Vertigo Verité, da DC Comics, foi todo produzido em enormes quadros, gerados com o auxílio de um aerógrafo, transpostos para as páginas da revista. Com isso, a história, que não tem balões, é toda narrada como se fosse pichações feitas com spray em muros, como vimos em todas as grandes cidades. Em ''The System'' (''O Sistema'', publicado no Brasil pela editora Abril) Kuper trouxe à tona a violência, a corrupção e todo o lado negro de uma metrópole da ''liberdade e oportunidade'', como Nova York. 

Depois disso, Kuper passou a se dedicar ao projeto de Kafka, a quem admira muito. O resultado é a simbiose perfeita entre texto e imagem. As deformações a que Kafka impõe à realidade através das palavras perdem um pouco de força mas, em compensação, a sufocante experiência de Gregor Samsa é levada ao extremo, em preto-e-branco e no clima tosco e hostil que Kuper estiliza em desenhos que muitas vezes buscam a xilogravura. 

Kuper não só instiga os novos leitores a conhecerem o livro original como aproveita também para utilizar algumas técnicas da nona arte para complementar as imagens sugeridas por Kafka, um presente aos fãs que já apreciam a obra do escritor. Os balões de falas indicam o estado emocional e a rispidez com que os personagens conversam; contornos são compostos por palavras quando a ansiedade de Samsa aumenta; o tempo e o espaço são destruídos e construídos em quadros para demonstrar confusão e a sempre incômoda condição da barata é impregnada em cada página da revista através de expressões faciais e corporais. 

(retirado do Bonde)

HQ - O Sétimo Suspiro do Samurai - Adam e Micol





Sinopse: No começo da Era Edo, o hábil samurai Toho Daisuke termina seu treinamento, mas enfrenta um sério dilema: pelo que ouve falar, mas sem muita certeza, seu pai é tido como um covarde. Então, ele precisa decidir se abandona o nome ou entra em uma jornada para limpá-lo.

Logo de cara, reencontra sua irmã, que vai se casar com um homem rico, mais velho, que se dispõe a adotá-lo. Mas o sujeito pode não ser o que aparenta.

(retirado de Universo HQ)

HQ - Elektra Assassina - Miller e Sienkiewicz





Sinopse: A Besta (líder supremo do Tentáculo) domina o corpo do candidato à presidência dos Estados Unidos, e a única pessoa que pode impedi-la é Elektra Natchios.

Deveria ser obrigação de todo leitor de quadrinhos conhecer este clássico da nona arte.

(retirado de Universo HQ)

25 de mar. de 2009

HQ - Avenida Dropsie - Will Eisner





Sinopse: Em 1870, surgem as bases daquela que será a Avenida Dropsie. A história acompanha o crescimento, o apogeu, a queda e a ressurreição de uma rua no sul do Bronx, nos subúrbios de Nova York.

(retirado do Universo HQ)

HQ - Um Contrato com Deus - Will Eisner





Sinopse: Nos anos 30, um cortiço no bairro nova-iorquino do Bronx é palco dos dramas de seus moradores. O livro é composto por quatro contos:

Um Contrato com Deus narra a história de um bom homem que se sente traído por Deus ao perder sua filha única. Nos anos que se seguirão, ele tentará um ajuste de contas com o Criador.

O Cantor de Rua mostra as desventuras de um náufrago urbano: um alcoólatra que canta nos becos em troca de esmolas e que, ao se deparar com uma carente ex-cantora lírica, pensa ter tirado a sorte grande.

O Zelador conta como um destes profissionais, aparentemente tão insensíveis como um rochedo, acaba sendo dobrado pelo mais improvável dos seres.

Cookalein é um painel dos encontros e desencontros de várias pessoas que se cruzam nos hotéis baratos onde a classe operária passava suas férias.

(retirado do Universo HQ)

Para quem conhece a obra de Eisner, esta é mais uma jóia.

24 de mar. de 2009

HQ - Akira - Katsuhiro Otomo


Downloads de Akira:

HQs

Artbook

Trailer do Anime:



Sinopse:

A história desenrola-se em Neo-Tóquio, uma cidade de Tóquio reconstruida (sobre o que é hoje a Baía de Tóquio) depois de ter sido destruída na III Guerra Mundial. Segundo vem depois a constar, a III Guerra Mundial foi (supostamente) iniciada pelo crescimento incontrolável de poderes sobrenaturais de uma criança chamada Akira, que foi registrado num programa governamental secreto de pesquisa. No tempo real do enredo, 30 anos depois da III Guerra Mundial, uma gang de motoqueiros liderados por Kaneda é envolvido numa luta com a gang rival, quando o membro mais novo do gang de Kaneda, Tetsuo, colide numa auto-estrada com uma criança misteriosa que havia escapado do programa de investigação psíquica secreta do governo. Tetsuo é depois levado pelos responsáveis deste programa governamental juntamente com a criança, e é sujeito às mais diversas experiências. O incidente com a criança misteriosa bem como os testes realizados acordaram os poderes latentes de Tetsuo, com desastrosas consequências tanto a nível pessoal, bem como conflitos interpessoais com os seus amigos, e a nível mais amplo, uma vez que Neo-Tóquio é novamente ameaçada por outro incidente.

Akira, gira em torno da ideia básica de indivíduos com poderes sobre-humanos, em particular as capacidades psicocinéticas, mas grande parte da história não se concentra apenas nestas capacidades, mas sobretudo nas pessoas envolvidas, problemas sociais e políticos. O comentário social não é particularmente profundo ou filosófico, mas sobretudo um olhar crítico sobre a alienação da juventude, a ineficiência e corrupção do governo, e um sistema militarizado, desagradado com os compromissos da sociedade moderna.

No manga, Akira é um personagem que surge apenas no segundo volume, enquanto que no filme, Akira foi dissecado para pesquisa e os seus restos mortais permanecem armazenados em crioconservação por baixo do Estádio Olímpico de Tóquio. Esta mudança tem um efeito damático sobre a história. No manga, Akira e Tetsuo aliam-se e depois Akira destrói Neo-Tóquio. O manga tem muitas diferenças em relação ao filme, mas o resultado é o mesmo em ambos.

(retirado da Wikipédia)

Particularmente falando, eu gosto muito desta história. Akira foi um marco. Os quadrinhos japoneses conquistaram seu espaço no mundo ocidental através desta obra. Imperdível. Genial.

23 de mar. de 2009

HQ - Reinventando os Quadrinhos - Scott McCloud




Em 1993, Scott McCloud publicou Desvendando os Quadrinhos, um livro em quadrinhos que explorava os mecanismos internos da mais subestimada das formas mundiais de arte. 

Agora, McCloud leva os quadrinhos ao patamar seguinte, detectando doze revoluções diferentes no modo como eles são criados, lidos e percebidos atualmente, e mostrando que estão prontos para conquistar o novo milênio.

A primeira parte deste livro inclui: 

A vida dos quadrinhos como forma de arte e literatura
A Batalha pelos direitos dos criadores
A reinvenção do negócio dos quadrinhos
A percepção volátil e transitória que o público tem dos quadrinhos
A representação sexual e étnica nesse meio

Na parte dois, McCloud pinta um retrato das revoluções digitais nos quadrinhos, incluindo: 

A Complexidade da produção digital
O explosivo mundo da difusão online
Os desafios decisivos do infinito cenário digital

McCloud conquistou por quatro vezes o prêmio Harvey e Eisner, e seus quadrinhos foram traduzidos para 14 idiomas. 

O livro é uma publicação da Editora M.Books.


(retirado do UNIVERSO HQ)

HQ - Quadrinhos e Arte Sequencial - Will Eisner




Download do livro completo aqui: Quadrinhos e Arte Sequencial

A obra que deu origem ao Desvendando os Quadrinhos

Leitura obrigatória para quem se supõe quadrinista ou roteirista. Ou queira se supor! :)

Para amantes dos quadrinhos, descubram mais sobre o ser humano.

HQ - Desvendando os Quadrinhos - Scott McCloud




Em Desvendando os Quadrinhos, McCloud usa a própria linguagem dos quadrinhos para esmiuçá-los. De maneira leve e divertida, o autor conta como definir os elementos básicos das HQs e como a mente processa sua linguagem. 

A obra aborda, também, a influência do tempo nas histórias, o que acontece entre um quadro e outro e a interação entre palavras, figuras e narração. Além disso, o autor teoriza sobre o processo criativo e suas implicações na arte em geral. 

Uma obra genial, cujo conteúdo deve ser absorvido por quem gosta de arte e quadrinhos. Porque a maneira como você os enxerga, nunca mais será a mesma!

(Os dois primeiros parágrafos foram retirados do Universo HQ)