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1 de abr. de 2009

Anime - Princesa Mononoke - Studio Ghibli



Mononoke Hime (japonês: もののけ姫, Princesa Mononoke em português) é um filme de animação japonês (anime) dirigido por Hayao Miyazaki, produzido pelo Studio Ghibli. A data de estreia no Japão foi 12 de Julho de 1997, a estreia no restante do mundo aconteceu a partir de 1999 (menos em terra brasilis, este filme não foi exibido por aqui!).

Se você nunca assistiu um anime, recomendo muito começar por este, pois ele é mágico. Um enredo perfeito, uma história elaborada, uma trilha sonora impecável... E não foi exibido em nosso país. E duvido que você encontre na sua locadora. Mas tente e pressione para que disponibilizem esta fantástica obra. Vale realmente cada minuto... Encontrei disponível uma versão no youtube (iutubio?) com áudio em japonês e legendas em inglês. Também encontrei um documentário sobre esta soberba produção e uma apresentção do compositor da trilha. Espero que se divirtam!

Sobre o enredo

Japão, Era Muromachi. Aquele era um tempo de muitas mudanças, onde os homens ainda conviviam com feras e deuses. Mas a paz só duraria até um inevitável dia em que tudo seria posto abaixo e o homem mostraria do que era capaz. Um terrível demônio que possui o corpo de Deus-Javali, estava deixando a floresta e se dirigindo ao vilarejo dos Emishi, um povo nobre cujo príncipe chama-se Ashitaka, ele é quem se encarregará de parar o terrível Deus-Javali (na verdade um "Tatari Gami", ou "Deus da Maldição") que estava a caminho de sua região, e com certeza iria destruí-la. Mas o resultado dessa batalha é que ele acaba recebendo uma maldição, posta pelo demônio pouco antes de morrer. Condenado, Ashitaka decide deixar seu povo e segue para o oeste, em busca da cura para o seu problema.

Sem que ele soubesse, no oeste, os mineradores de ferro e os deuses-animais travam uma grande batalha. Do lado dos deuses-animais se encontra San (a princesa Mononoke), uma jovem garota que foi adotada e criada por uma tribo de deuses-lobo. Seu ódio pelos humanos que querem destruir a floresta dos deuses é tão grande, que ela acaba esquecendo-se de sua própria humanidade. Mas sua vida muda quando ela conhece o jovem príncipe Ashitaka, que passa a amá-la.

As coisas não estão fáceis, já que os mineradores da aldeia liderada por Lady Eboshi só querem que sua terra seja um lugar bom e estável para se viver e seria da floresta que eles retirariam as riquezas minerais, nem que para isso animais fossem mortos e árvores fossem derrubadas.
Ashitaka acaba tendo que ajudar San e os deuses-animais contra as intenções destrutivas do homem contra a natureza. Ele também descobrirá o verdadeiro motivo de ter sido amaldiçoado e sua missão naquela guerra.

Primeiro a música:


Os 10 primeiros minutos da obra, legendas em inglês:


Para finalizar, o documentário, fantástico! (leg. em inglês)


Também encontrei uma matéria bem interessante sobre o filme na revista de cinema Contracampo.

É isso,
Espero que apreciem a dica!

(fontes: wikipedia e youtube)

31 de mar. de 2009

A milenar arte do Bonsai - Fotos, Textos e Sites sobre...

Fico até constrangido em dizer, mas quem me apresentou a cultura do Bonsai foi o Sr. Miyagi, do Karatê Kid. Assisti ao filme no cinema, portanto... Fiquei encantado com os bonsais. Miniaturizar uma árvore! Reproduzir um exemplar adulto em miniatura! 



Depois de adulto, com a ajuda da internet, pude me aprofundar na arte do bonsai. Nada como um pouco de teoria aliada à pratica. Pena que o tempo das árvores seja tão diferente do nosso. Por quê? Durante três anos tive dois pré-bonsai, uma muda de sibipiruna, colhida na natureza e um Flamboyant cuja semente eu brotei. Sim, acredito que o melhor bonsai seja aquele que venha de uma semente. Mas aí já é gosto pessoal. 

Caros amigos, compartilho aqui um pouco do meu conhecimento acerca desta arte que tanto admiro, a "árvore em bandeja":

 (Bon Sai)

Bonsai é uma forma de arte em 4 dimensões, além de suas formas tridimensionais, o tempo é o fator mais importante em sua construção e portanto segue apenas os padrões definidos pelo artista que o compõe.



A palavra bonsai é vinda do japonês, e significa "árvore em bandeja". De outra forma, pode-se dizer que é uma árvore com dimensões reduzidas, plantada em um vaso de pequena profundidade. Basicamente, o bonsai é uma réplica artística de uma árvore natural em miniatura, representando a união de arte, agrotécnicas e tempo.



Apesar da forte associação entre o cultivo de bonsai e a cultura japonesa, na verdade, foram os chineses os primeiros a cultivar árvores e arbustos em vasos de cerâmica. Há provas de que, já em 200 d.C. os chineses cultivavam plantas envasadas (mais conhecidas como Penjing) como prática habitual da sua atividade de jardinagem.



No Ocidente o cultivo de bonsai como hobby desenvolveu-se bastante nos últimos 20 anos e hoje estas pequenas árvores estão espalhadas por todo o mundo. O crescente interesse pelo bonsai é partilhado com a crescente atenção dada às artes orientais nos últimos anos. Apesar de parecer um hobby extremamente exótico, o cultivo de árvores em miniatura não é por si só muito mais complexo do que a jardinagem comum aplicada a plantas em vasos. A diferença básica é o cuidado para reproduzir as características de uma árvore de porte muito maior, e aí reside a dificuldade. Mais do que cuidadosa poda e adubação, é preciso também muita paciência e alguma habilidade artística.



O crescimento das árvores é controlado com a aplicação de várias técnicas:

Restrição do crescimento das raízes pelo vaso utilizado: Uma árvore não possui essa restrição na natureza, por isso cresce livremente.
Poda das raízes: Dependendo da idade e espécie da árvore, as raízes são podadas, em geral no inverno pois a planta está em estado de dormencia e é realizada a troca da terra.
Uso de adubos com menor quantidade de nitrogênio: O nitrogênio em excesso provoca crescimento acelerado e folhas com tamanho maior que o desejado.
Rega em quantidades moderadas: Entenda-se por moderada a rega feita com critério, não com economia. 



As árvores não são modificadas geneticamente. Praticamente qualquer espécie pode ser utilizada, sendo as mais famosas, as dos gêneros Pinus(pinheiros), Acer (bordo), Ulmus (olmos), Juniperus (junípero/zimbro), Ficus(figueira), Rhododendron (rododendro), dentre outros.
Qualquer planta de caule lenhoso pode ser miaturizada.



Há na natureza várias formas que caracterizam cada árvore. Essas formas são imitadas no bonsai, para reproduzir as formas naturais. Dentre esses estilos estão:

Chokan: Estilo ereto formal. Árvore com tronco reto, que vai diminuindo de espessura gradualmente, da base ao ápice. Os ramos devem ser simétricos e bem balanceados.
Moyogi: Estilo ereto informal. Tronco sinuoso, inclinando-se em mais de uma direção à medida que progride para o ápice. A árvore deve dar a impressão de um movimento gracioso.
Shakan: Estilo inclinado. Tronco reto ou ligeiramente sinuoso, inclinando-se predominantemente em uma direção.
Kengai: Estilo cascata. A árvore se dirige para fora da lateral do vaso e então se movimenta para baixo, na direção da base do vaso, ultrapassando a borda do mesmo. Os vasos nesse estilo são estreitos e profundos.
Han-kengai: Estilo semi-cascata. Semelhante ao anterior, com a árvore se dirigindo para fora da lateral do vaso, mas não segue para a base do vaso.
Fukinagashi: Varrido pelo vento. Árvore com ramo e tronco inclinados como que moldados pela força do vento.

O método do misho é o cultivo a partir de sementes. Consiste em escolher uma espécie que dela se queira criar um bonsai, conseguir algumas sementes da planta (se a espécie escolhida não apresentar sementes, o misho não se emprega nesse caso), plantar e esperar a germinação - processo que pode durar, dependendo da espécie, de 1 a 3 meses.



Yamadori significa mudas colhidas na natureza, mas para conseguir as mudas, você pode muito bem comprá-las num horto. Este método pode ser aplicado como continuação do misho, porém, com a economia de alguns meses (a idade da muda irá influir neste caso). A muda deve apresentar caule curto porque algumas espécies tendem ao crescimento vertical exagerado do caule, tornando-se inadequadas para se tornarem um bonsai - por isso devem ser moldadas desde muito cedo. Vale salientar que em caso de colheita da muda natural, deve-se ter cuidado para não danificar as raízes na hora da retirada.



Sites sobre bonsai que recomendo:




Recomendo ainda:




(post elaborado com material retirado e alterado da wikipédia, do cultivando, do japão online e fotos pesquisadas no google, em 31/03/2009)

29 de mar. de 2009

DragonBall "Evolution"



Ainda não acredito que estou escrevendo sobre esse filme. Mas... Como sou muito fã da série criada por Toriyama (sim, antes de ser anime, DragonBall nasceu mangá) resolvi escrever. Até porque a espera irá acabar em breve! Considero irrelevante informar que eu vou esperar estar disponível em locadora para assistir.  

Conheci DragonBall pela tv, na rede Bandeirantes, de tarde, meio que sem querer, estava zapeando, coisa rara de eu fazer, pois não gosto muito da tv, mas naquela época, 1999, internet era uma realidade noturna, ficava caro acessar de dia, já que os "pulsos" do telefone comiam solto. Eis que durante a zapeada, caio num desenho claramente japonês, mas que não eram os Cavaleiros do Zodíaco. Pelo contrário, era um desenho até meio infantil, pelo tipo de traço e as cores utilizadas. Mas essa foi a primeira impressão.  Durante os anos que se seguiram me tornei fã da série.  DragonBall foi uma das melhores coisas que pude ver neste mundo. Uma história colorida e muito bem contada.

Eis que estou aqui divagando, lembrando, afinal, já são 10 anos como fã... No final de 2007, comecei a perceber um papo estranho nos sites sobre DragonBall, o pessoal falando que alguém ia filmar... Pô, conhecendo a história, a saga do Goku é bem maior que a do Skywalker... Se, Hollywood levar a sério a empreitada, tem material para faturar por pelo menos uns dois séculos produzindo filmes... Lançando um título a cada dois anos. A saga escrita por Toriyama não só é rica em detalhes e enredo, como também o é em personagens, a "fauna" criada pelo mundo de DragonBall impressiona... Ouso comparar Akira Toriyama com Robert E. Howard em termos de criação, pois ambos criaram um universo único, próprio. Ok, ok, Tolkien também fez isso. Na obra de Tolkien e Howard, temos muito da mitologia celta e do estereótipo medieval. Já em Toriyama... temos a influência oriental, desconhecida para nós... Porque a história de Goku é baseada num conto chinês, muito popular na Ásia. Consegui encontrar alguma coisa, reproduzo parte da "lenda" chinesa que deu origem a tudo isso no final do post... (porque DragonBall é um mercado zilionário...)

Eis que estou fuçando, quando encontro um material mais interessante que o trailer do filme, propriamente dito. Encontrei uma filmagem da gravação da trilha sonora. E é isso que quero compartilhar com os amigos aqui. Além do trailer e da lenda, claro! Espero que apreciem! DragonBall é realmente um assunto que me empolga!

Divirtam-se!


O que mais gosto neste vídeo, é a atuação do "maestro"! Reparem como ele expressa o "valeu, galera!"

É, não sei realmente o que pensar.

De acordo com o Scott McCloud, DragonBall é considerado muito cartoon, bem afastado da realidade, isto é, não faz parte dos objetivos do autor buscar a realidade, ao contrário, a representação da realidade é feita de forma bem simples, simplória até. Um bom exemplo do que quero dizer é visualizarmos um persongem no "homem-palito", a expressão máxima do ser humano como cartoon. Bom, chega de divagação e vamos à lenda que deu origem à DragonBall:

as aventuras de macaco 

Há mais de mil anos, um monge budista chinês chamado Xuan Zang (também conhecido como Tripitaka) viajou para a Índia em busca de cópias das escrituras budistas. a sua viagem tornou-se objecto de uma lenda, na qual ele terá viajado com alguém chamado macaco. Mas quem era este misterioso ser? 

Havia um grande ovo de pedra aninhado numa encosta do monte Haolai, junto às margens do mar Oriental, que ali se encontrava desde que o mundo fora formado. havia sido posto lá pelo próprio gigante Pari Gu, o primeiro ser humano existente. os seus olhos transformaram-se no sol e na lua, o ar que respirava tornou-se o vento e a sua voz o trovão. Do seu sangue formaram-se os rios, passando as suas veias a servir de estradas e caminhos. As suas pulgas deram origem à raça humana.

Um belo dia, a casca do ovo de pedra finalmente quebrou-se e de dentro deste saiu macaco. parecia um macaco comum e foi viver para as montanhas, para junto dos outros macacos, mas estes cedo se aperceberam de que ele não era como eles. Todos os macacos são espertos, mas aquele era o mais esperto de todos. Escolheram-no como seu rei. Agradava a macaco ser rei e, assim sendo, reinou durante longos e bons anos. mas após algumas centenas deles (uns falam numa centena, outros insistem nas três centenas), macaco apercebeu-se de que um dia morreria, pelo que ficou preocupado ao pensar no que os súbditos fariam sem ele para tomar conta dos seus destinos. 

Ouvira falar de Buda e aprendera que aqueles que fossem realmente sábios e o seguissem viveriam para sempre. - Se isso se aplica aos humanos, porque não há-de aplicar-se a mim? intcrrogou-se macaco, e lá foi ele rumo ao mundo dos humanos, com o intuito de encontrar um mestre que lhe indicasse o caminho para a imortalidade. macaco era um bom aluno e aprendia depressa. 

Após bastantes anos de formação nos meandros da sabedoria, conseguia já transformar-se naquilo que lhe aprouvesse ou voar pelos céus em cima de uma nuvem. Descobrira também o segredo da vida eterna. macaco regressou a casa todo contente, mas cedo descobriu que os outros macacos estavam a viver num estado de medo permanente causado por um monstro horrível que os aterrorizava desde que ele partira. Com os seus novos poderes, macaco conseguiu derrotar o monstro e os seus seguidores, mas após o confronto tomou consciência de que a tarefa teria sido facilitada se dispusesse de uma arma especial. 

Sabia que o rei dragão do mar Oriental, junto ao qual nascera, guardava um pilar feito de ferro. Com apenas um piscar de olhos, este convertia-se numa agulha pequenina, numa coluna que ia da terra até ao topo dos céus, ou numa vara própria para lutar. Esta seria, sem dúvida, uma arma muito útil... Por isso macaco roubou-a ao Dragão, passando então a escondê-la atrás da orelha, para as emergências. Possuía também um bastão mágico, um grande cacete, que costumava agitar acima da cabeça para assustar os inimigos. com a sua sabedoria e poder recém-adquiridos, macaco sossegou e entregou-se a uma vida pacífica entre os seus súditos. 

Um belo dia, no decurso de uma festa, apareceram dois guardas do mundo inferior. A função destes consistia em guiar as almas para o seu mundo, onde morreriam quando fosse chegada a sua hora. - Viemos buscar-te - disseram a macaco. - Mas eu vou viver para sempre! - protestou ele. macaco estava tão furioso que deu um murro no alto da cabeça de cada um dos guardas, dirigindo-se de seguida para o mundo inferior, terrivelmente irado. Lá chegado, irrompeu por um dos tribunais e conseguiu consultar o registo dos mortos. Quando olhou para o livro, apercebeu-se de que os guardas haviam dito a verdade. a morte estava mesmo marcada para aquele dia. A tremer de raiva pegou num pincel e riscou o nome do registo. o senhor do mundo inferior queixou-se ao deus competente, o Imperador de Jade. este último tinha já ouvido queixas acerca do comportamento de macaco feitas pelo rei Dragão; por isso, decidiu que tinha de agir depressa. sabia bem que havia algo que macaco queria acima de tudo: ser considerado importante. 

O Imperador de Jade ofereceu a macaco um lugar com um nome todo pomposo, o de «guardião do cavalo celestial». macaco ficou muito orgulhoso, não imaginando que o imperador apenas o queria junto de si no céu para poder estar de olho nele. mas não tardou a aperceber-se da pouca importância da função. Estava já prestes a voltar a preparar das suas quando lhe foi atribuído um lugar ainda mais bem-soante, - «sábio de todo o céu», mas, uma vez mais, revelou-se apenas um cargo com um nome pomposo. 

Finalmente, foi confiada a macaco uma missão realmente importante. foi investido, guardião do pessegal da imortalidade, mas esta não foi uma boa ideia, pois tal como o nome sugere, os pêssegos não eram propriamente comuns. Estes frutos eram comidos pelos imortais para garantir a sua vida eterna. Teriam de passar seis mil anos para os pêssegos amadurecerem. Depois de serem comidos, era preciso esperar mais seis mil anos até se poder fazer outra colheita de pêssegos bem maduros.

 Que mal poderei causar se comer um único? - disse para si macaco. Era tão delicioso que logo arrancou outro e depois outro e mais outro. Quando um grupo de jovens espíritos chegou ao pessegal para apanhar os frutos destinados ao festim dos imortais, macaco estava a dormir profundamente em cima de uma das árvores, a ressonar alto e bom som. Não demorou muito até que os espíritos percebessem o que tinha sucedido, os pêssegos que faltavam e os caroços espalhados pelo chão, ao redor do pessegueiro onde macaco se encontrava a dormir.

Apressaram-se a fazer queixa a Xiwangmu, a rainha do Oeste, a quem o pomar pertencia. Quando a rainha soube, ficou tão zangada que decidiu não convidar macaco para comparecer no festim dos imortais. Ao saber disto, macaco decidiu comer a maior parte dos restantes pêssegos, bem como beber o vinho que achara no interior de umas quantas cabaças. Aquilo que macaco não sabia era que o vinho era um elixir da imortalidade, que Lao Tzé, o fundador do taoísmo, trouxera para o festim. macaco bebeu-o todo, até à última gota, deixando-se depois cair num sono ainda mais profundo. 

Ao acordar, macaco foi tomado de assalto por um terrível sentimento de culpa. Apressou-se a regressar para a sua casa nas montanhas, entre os demais macacos, na esperança de aí não ser encontrado pelos deuses. Quando o Imperador de Jade soube das coisas imperdoáveis que macaco uma vez mais fizera, a sua paciência esgotou-se. enviou um exército de cem mil soldados celestes para o capturar. travaram-se várias batalhas, mas quando macaco foi finalmente capturado e levado ao Imperador de Jade não houve maneira de o condenar à morte, pois ele tinha comido tantos pêssegos e bebido tanto elixir que viveria para sempre. 

Em vez disso, o Imperador de Jade ordenou que macaco fosse colocado na fornalha de Lao Zi, onde seria derretido e dividido em partes distintas, de modo a que, ainda que estivesse vivo, não pudesse fazer qualquer disparate. Quando, porém, após quarenta e nove dias, as portas da fornalha foram abertas, saltou lá de dentro macaco a esfregar os olhos. - Está uma grande fumarada aqui dentro! - comentou, saindo dali disparado e soltando uma gargalhada. o Imperador de Jade estava desesperado. Não haveria maneira de acalmar aquele irrequieto? 

Decidiu pedir ajuda a Buda. Este, agarrou macaco pelo cachaço e colocou-o em cima da sua mão. - Se conseguires saltar para fora da minha mão, macaco, farei de ti senhor do céu e ocuparás o lugar do Imperador de Jade, prometeu Buda. - Se não conseguires, terás de regressar à terra e trabalhar arduamente para conquistares o direito à vida eterna. - Muito bem - concordou macaco, com um sorriso largo na cara. Deu um salto bem alto no ar e, após uma longa queda, foi parar junto à base de cinco enormes pilares cuja parte superior, de tão altos que eram, estava envolta numa espécie de nevoeiro. - Foi fácil! - gabou-se a rir e, depois de arrancar um pêlo, serviu-se dele como pincel para escrever o seu nome na base do pilar do meio. 

Quando deu com Buda a olhar para baixo, para si, macaco foi reclamar o seu direito a governar o céu. - Mas nunca chegaste sequer a sair da minha mão - respondeu Buda. - Saí, pois - insistiu macaco, indignado, contando depois a Buda acerca dos pilares e do nome escrito num deles. Então, - Buda sorriu - aqueles cinco pilares eram os meus dedos. Olha só! E, ao observar de perto, macaco viu o seu nome escrito junto à base do dedo médio de Buda. Suspirou. Tinha finalmente sido derrotado. 

Mas as aventuras de macaco ainda mal tinham começado. como assistente do monge budista Xuan Zang, não tardou a ser protagonista de uma série de feitos espantosos, relatados num famoso livro do século XVI chamado Viagem ao Oeste. As aventuras de macaco são ainda hoje das histórias mais populares da china.


Quer saber mais sobre DragonBall? O Google te ajuda! ;)

Site Oficial do filme: http://dbthemovie.com

26 de mar. de 2009

HQ - O Sétimo Suspiro do Samurai - Adam e Micol





Sinopse: No começo da Era Edo, o hábil samurai Toho Daisuke termina seu treinamento, mas enfrenta um sério dilema: pelo que ouve falar, mas sem muita certeza, seu pai é tido como um covarde. Então, ele precisa decidir se abandona o nome ou entra em uma jornada para limpá-lo.

Logo de cara, reencontra sua irmã, que vai se casar com um homem rico, mais velho, que se dispõe a adotá-lo. Mas o sujeito pode não ser o que aparenta.

(retirado de Universo HQ)

28 de nov. de 2008

Você conhece o Tao?

Durante minhas aventuras literárias, embarquei na literatura oriental, lendo obras como o Mahabaratha, O livro dos cinco anéis, I Ching, entre outros... Mas o Tao impressiona. Impressiona pela precisão, simplicidade e força nas observações. Faço questão de compartilhar com meus amigos leitores, que prestigiam meu trabalho, este conhecimento tão antigo. E também convido à todos os que degustarem desta obra à discutí-la comigo, afinal, cada um vê de uma forma. Apresento, para quem ainda não conhece, o Tao: O Livro do Caminho e da Virtude (download aqui)

Minha passagem preferida é: 

na busca do conhecimento, todos os dias algo é adquirido,
na busca do tao, todos os dias algo é deixado para trás.

e cada vez menos é feito
até se atingir a perfeita não-acção.
quando nada é feito, nada fica por fazer.

domina-se o mundo deixando as coisas seguirem o seu curso.
e não interferindo.

tao te ching 道德經 (cap.48)

Espero que apreciem!