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6 de abr. de 2009

Tatiana Belinky - A fada das palavras




Esta simpática senhora, que já é nonagenária, é uma das escritoras que mais admiro. Com maestria, adaptou toda a obra de Monteiro Lobato para a televisão. A primeira versão do Sítio do Pica Pau Amarelo, exibida pela extinta TV Tupi, foi uma adaptação em que ela criou, junto com Júlio Gouveia.

Tive o prazer de me emocionar com seu depoimento num programa de tv a cabo, a qual o nome e o canal não me recordo, em que assisti depoimentos de imigrantes russos vivendo em São Paulo. Tanto os imigrantes quanto seus descendentes. Me interessei, pois convivi com um Ucraniano por um tempo, são pessoas de uma inteligência ímpar, despertou meu interesse. Eis que no programa me deparo com ela, Tatiana.

A televisão é ruim, a considero ruim, é muita informação visual e sonora, captamos tudo mas só recordamos fragmentos, quando recordamos. E olha que minha memória é boa. Para as coisas que leio e entendo. Agora, o que vejo na caixa-mágica... Na caixa-mágica fica. Por isso prefiro os livros. Tatiana define os livros da seguinte maneira: "Sempre digo aos pequenos que o livro é um objeto mágico, muito maior por dentro do que por fora. Por fora, ele tem a dimensão real, mas dentro dele cabe um castelo, uma floresta, uma cidade inteira... Um livro a gente pode levar para qualquer lugar. E com ele se leva tudo."

E com ele se leva tudo. Nada mais à dizer. Tatiana Belinky é hoje uma escritora premiada de livros infantis. Não li nenhum dos livros dela, mas pelo que pude constatar acerca do conhecimento que essa sábia anciã possui, tenho certeza que são livros importantes. Se existe uma pessoa em que eu teria dificuldades em controlar a emoção de conhecer, é Tatiana. Eu adoraria tomar o chá das 17:00 com ela. Sou descendente de imigrantes e nunca achei meu lugar nesse mundo. Infelizmente não tive contato com os imigrantes da minha família, a "educação" que me foi passada já sofrera modificação... Por que tenho a sensação de ter nascido em época errada?

Eu me recordo bem da Tatiana ser questionada no programa, tipo: Se você não fosse Tatiana Belinky, quem gostaria de ser. A resposta foi fulminante, sem ao menos pensar para falar. Emília. A boneca-gente. A personagem que ela teve tanto carinho em adaptar para a tv. E que falava o que pensava e fazia o que queria. E era mágica. :)

A mágica da vida se perdeu no ser humano, que busca fora de si respostas que se encontram nos recônditos da mente. Ler, nada mais é do que penetrar a mente de outra pessoa. E existem mentes que são deveras encantadoras. Tatiana é uma delas.

"Porque, para quem sabe prestar atenção em cada pequena coisa que acontece - ou não acontece, é só pensada ou imaginada -, a vida de todos os dias é cheia de coisas bonitas, alegres, tristes, intrigantes, interessantes...É só cada um usar os seus "olhos de ver", sabiam?" (Tatiana Belinky)

Nesta frase, Tatiana me lembra Saramago. "Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara." Sábio conselho.

É isso!

ADENDO 17/06/2013

A escritora de livros infantil-juvenis Tatiana Belinky, de 94 anos, faleceu na tarde deste sábado (15) no Hospital Alvorada, em São Paulo, após 11 dias internada.

RIP Tatiana!

Referências:

3 de abr. de 2009

Os perigos do Google como único filtro da realidade


Silvio Mieli


"No início do terceiro milênio, estamos diante de uma situação única na história, que faz com que uma corporação privada da América determine a maneira pela qual buscamos informações". Assim começa a primeira parte da "Pesquisa sobre os perigos e oportunidades apresentados pelos programas de busca na internet (Google, em particular)", desenvolvida ao longo do ano passado pelo Instituto de Sistemas da Informação e Computação da Universidade de Tecnologia de Graz, na Áustria. O projeto foi coordenado pelo Prof. Hermann Maurer e financiado pelo Ministério austríaco dos Transportes, Inovação e Tecnologia – o estudo completo pode ser baixado aqui:http://www.iicm.tugraz.at/iicm_papers/dangers_google.pdf

 

A pesquisa questiona uma atitude natural dos usuários da internet: procurar qualquer coisa naquele retângulo mágico do buscador Google. Se não aparecer nada talvez "a informação que buscamos efetivamente não exista". Será?

 

O objetivo do trabalho, cujos resultados foram pouco divulgados pela mídia corporativa, é demonstrar o comportamento monopolista da empresa Google, além de denunciar o que os pesquisadores chamaram de "Síndrome Google de Copiar e Colar". Trata-se da emergência de uma geração de "pesquisadores" que limitam-se a fazer uma colcha de retalhos de informações pinçadas no Google, travestidas de trabalhos escolares ou acadêmicos, sem ao menos citar as fontes.

 

A apresentação da pesquisa austríaca vai direto ao ponto: "para qualquer um que encare a questão fica claro que o Google acumulou um poder que acabou se constituindo numa ameaça à sociedade", já que transformou-se na principal interface entre a realidade e o pesquisador na internet. O Google tem o monopólio dos programas de busca e invade massivamente a privacidade das pessoas. Sem enfrentar limitações de qualquer natureza, o Google conhece particularidades dos indivíduos mais do que qualquer outra instituição, "transformando-o na maior agência de detetives do planeta". A influência do Google na economia é direta, principalmente na maneira pela qual os anúncios são exibidos (quanto mais a empresa pagar, maior visibilidade o anúncio terá). Aliás, parte do seu faturamento, superior a 16 bilhões de dólares em 2007, deve-se à sua estratégia de publicidade online através dos links patrocinados.

 

Hierarquia

 

Desde o primeiro programa de buscas na internet, o Altavista, lançado em dezembro de 1995, vive-se a sensação do dado bruto transformar-se em conhecimento, em informação viva. Com o aparecimento do Google, fundado em 1998 pela dupla Larry Page e Sergey Brin, jovens doutorandos da Universidade Stanford, na Califórnia, passou-se para um outro patamar de programas de busca. Brin definiu que as informações na web deveriam ser organizadas numa hierarquia de popularidade. Ou seja, quanto mais um link leva a uma página específica mais a página merece ser ranqueada nos resultados do programa de busca. Outros fatores, como o tamanho da página, número de mudanças, atualizações constantes, títulos e links no texto foram incluídos na programação (algorítmo) do Google. Lentamente o programa implantou um processo de hierarquização das informações que passou a ser aceito sem contestações. Em março de 2007 o Google atingia 53,7% do mercado dos buscadores da rede (segundo dados da Nielsen/ NetRatings).

 

Considerando-se que muitas das informações que circulam na internet partem de indicações do Google ou da Wikipédia (a grande enciclopédia de conteúdo "aberto" da internet), Stephan Weber, co-autor do projeto da Universidade de Tecnologia de Graz, denuncia uma espécie de "Googlarização da realidade", já que existem fortes indícios que o Google e a Wikipédia operam a partir de uma espécie de parceria. Os pesquisadores escolheram ao acaso 100 verbetes em alemão e outros 100 em inglês do índice de A a Z da Wikipédia e colocaram estas palavras-chave em quatro grandes programas de busca (Google, Yahoo, Altavista e Live Search). O Google registrou 91% dos resultados das entradas da Wikipedia (em alemão). Para os sites em inglês os resultados atingiram 76% de registros no Google. "Parece evidente que o Google está privilegiando os sites da Wikipedia em seu ranque", concluiu a pesquisa, seguida pelo Yahoo (56% em alemão e 72% em inglês).

 

Plágio

 

A segunda seção da pesquisa dedica-se à emergência de uma nova técnica cultural e suas implicações sócio-culturais: o plágio (a tal síndrome do "Copiar e Colar") e suas relações com os conceitos contemporâneos de propriedade intelectual. O estudo cita o caso de um ex-aluno de psicologia da Universidade Alpen-Adria de Klagenfurt, na Áustria, que elaborou a sua tese de doutorado com mais de cem fragmentos copiados da internet. As primeiras páginas da tese eram uma colagem de vinte sites, muitos dos quais sem o menor rigor científico. Diante do plágio, a universidade passou a aplicar um software alemão de detecção de cópias chamado Docol©c (http://www.docoloc.de/), cujos resultados ainda estão sendo testados.

 

A proposta prática da pesquisa é a de reduzir a influência do Google a partir do desenvolvimento de outros programas de busca especializados, desvinculando a hierarquia comercial do livre fluxo de dados públicos que circulam pela internet.

 

Assim como o estadunidense Gerg Venter, dono da empresa Celera, pretende mapear o código genético de tudo o que é vivo para patentear e vender, o Google parece querer codificar todas as informações circulantes no planeta, segundo critérios que nem sempre privilegiam o interesse público. Mais do que enfatizar o Google como "a empresa do século 21", a Universidade de Graz presta um grande serviço ao conscientizar os internautas dos limites e perigos dessa estratégia e, ao mesmo tempo, conclama os pesquisadores a uma ação imediata que impeça a "googlalização da realidade".

 

Silvio Mieli é jornalista e professor da faculdade de Comunicação e Filosofia da Pontifícia Universidade Católica (PUC - SP).


(Fonte: Brasil de Fato, v.6, n.274, p.2, 29 de maio a 04 de junho 2008)

Alô... 1, 2, 3, Testando... Bom, vamos lá, minhas considerações acerca desta matéria, garimpada no site do meu amigo Prof. Dr. Oswaldo.

Diz o professor Sílvio:
A pesquisa questiona uma atitude natural dos usuários da internet: procurar qualquer coisa naquele retângulo mágico do buscador Google. Se não aparecer nada talvez "a informação que buscamos efetivamente não exista". Será?

Digo como técnico em informática e usuário de sistemas de informação há mais de 15 anos que quem não acha o que procura é porque não sabe procurar e não porque não existe o que ele procura. Um indivíduo que faz uma pesquisa séria, que é profissional, sabe onde procurar a informação que deseja, geralmente com a ajuda de um bibliotecário, o especialista em informação. Que com certeza, não utiliza o Google como ferramenta de pesquisa. Para isso, existem base de dados específicas, geralmente divididas em áreas do conhecimento humano. Qualquer pessoa que se aventura no meio acadêmico "descobre" isso, sinceramente, se não descobriu, ou estava dormindo na sala ou estava no bar, ocupado demais bebendo.

O objetivo do trabalho, cujos resultados foram pouco divulgados pela mídia corporativa, é demonstrar o comportamento monopolista da empresa Google, além de denunciar o que os pesquisadores chamaram de "Síndrome Google de Copiar e Colar". Trata-se da emergência de uma geração de "pesquisadores" que limitam-se a fazer uma colcha de retalhos de informações pinçadas no Google, travestidas de trabalhos escolares ou acadêmicos, sem ao menos citar as fontes.

O que aconteceu na verdade, foi uma clara visualização das distorções causadas pela educação deficiente nos quatro cantos do mundo, escancarando a ignorância e o atraso em que se encontram os indivíduos. O ser humano é ainda o que sempre foi, um animal. Digo isso baseado no fato da palavra mais buscada na internet ser sexo. Uma clara manifestação de nosso lado animalesco. E somos animais agressivos e hostis. Poucos de nossa espécie aceitam ser corrigidos. Poucos estão dispostos à aprender. A maioria permanece na inércia de estar vivo. Para que pensar, se posso copiar e colar? As bibliotecas escolares em nosso país são uma piada. As bibliotecas em nosso país são uma piada. A profissão é motivo de piada. O povo é ridículo. E a disseminação de computadores pessoais junto com a inclusão social esta escancarando uma realidade trsite: a mentalidade do brasileiro médio se mostra tão ou até pior que a do Homer Simpson.

A apresentação da pesquisa austríaca vai direto ao ponto: "para qualquer um que encare a questão fica claro que o Google acumulou um poder que acabou se constituindo numa ameaça à sociedade", já que transformou-se na principal interface entre a realidade e o pesquisador na internet. O Google tem o monopólio dos programas de busca e invade massivamente a privacidade das pessoas. Sem enfrentar limitações de qualquer natureza, o Google conhece particularidades dos indivíduos mais do que qualquer outra instituição, "transformando-o na maior agência de detetives do planeta". A influência do Google na economia é direta, principalmente na maneira pela qual os anúncios são exibidos (quanto mais a empresa pagar, maior visibilidade o anúncio terá). Aliás, parte do seu faturamento, superior a 16 bilhões de dólares em 2007, deve-se à sua estratégia de publicidade online através dos links patrocinados.

Para quem tem consciência crítica, isso realmente não configura um problema de fato. O que dá para perceber é que a maioria das pessoas que acessam a rede, principalmente depois da popularização do PC (Personal Computer, computador pessoal), é de que falta a base para criar o discernimento de saber o que presta e o que não presta. Quanto à dinheiro e maneiras de se conseguí-lo, sou radicalmente contra o monetarismo em que vivemos. Mas isso é motivo para outro post.

Sobre o restante do artigo, o que tenho a dizer é o seguinte:

O ser humano torna-se dependente dos mecanismos que cria. Exemplo? O Carro. A internet é um grande livro que está testemunhando a epopéia humana de uma maneira nunca sonhada. Ainda não houve o grande boom da internet. Este vai ocorrer quando cada indivíduo neste planeta se situar e descobrir o verdadeiro poder da rede. Não quero defender o Google, a partir do momento em que há dinheiro envolvido, as pessoas fazem coisas anti-éticas, mas parece que o objetivo do google é ser um índice para toda essa informação. Para tudo, existe um primeiro passo e o google está se tornando uma ferramenta que funciona neste sentido. Agora, se o que ele apresenta são resultados errôneos, mal escritos, sem fonte, totalmente sem noção, não acredito que a culpa seja do google, mas sim, da popularização da informática, que está revelando bizarrices monstruosas, vide orkut, msn, entre outros. 

Novamente afirmo que as pessoas ainda não perceberam o poder da rede. Por isso existe essa distorção em torno do google. O que ocorre é que o google sempre se mostrou mais acurado que o restante disponível e conquistou espaço.

As pessoas esquecem duas coisas: que a humanidade está evoluindo numa velocidade surpreendente. O crescimento da taxa de produção de conhecimento é ascendente, acentuada no último século. Basta um matemático ter um insight e criar um novo algoritimo, robo, programa, rotina, que seja o que for, que seja melhor que o google, pronto, acabou a ameaça. Daí em diante as ameaças serão outras. Que na verdade, se resume sempre à mesma: O maior inimigo do homem é ele mesmo. E a perpetuação da ignorância. Ela sim é nosso inimigo. A ignorância e as lendas devem ser combatidas e eliminadas, para que a humanidade se supere e vá para outro nível de evolução.

Se você chegou até aqui, aguardo seu comentário. Precisamos urgentemente descobrir como "acordar" o indivíduo para o "aprender a aprender", isto é, incutir na índole da pessoa a buscar pelo conhecimento, não importando o suporte, desde que se tenha o acesso. Discute-se a forma, quando o objeto da discussão deveria ser o meio. Essa é minha opinião. Aguardo a sua.

É isso.

Para finalizar, Buddhist Monkey:


27 de mar. de 2009

HQ - O Complô - Will Eisner



Sinopse: Na forma de HQ, a gênese de uma das maiores e mais assustadoras farsas do anti-semitismo: Os Protocolos dos Sábios do Sião.

Em 1878, Maurice Joly escreve e publica O Diálogo no Céu e Inferno entre Maquiavel e Montesquieu. O que deveria ser um libelo contra o imperador francês Napoleão III, servirá, décadas depois, de base para os supracitados Protocolos, criados na Rússia pré-revolução de 1917.

A história apresenta ainda a luta incessante contra este instrumento da cultura do ódio ao longo do século XX. 

(retirado de Universo HQ)

Sobre esta obra, encontrei um comentário na net fazendo uma crítica à mesma. Aqui está o link. Eu, discordo. O Complô é a última obra de Eisner, perfeitamente compreensível e perceptível o motivo da obra causar a reação que causou no infeliz escritor do artigo apresentado. Óbvio que o artista não teve tempo hábil para lapidar o suficiente, o que era seu habitual, presenteando-nos com um trabalho mais visceral, mais para um rascunho final que para uma arte final. Como define o autor do artigo citado, na primeira parte da obra, encontramos um trabalho muito bem elaborado, desde seu layout até sua finalização. O que eu percebi chegando ao final da obra, foram páginas feitas para estarem lá como recado antes de ir embora. Se Will Eisner tinha alguma coisa para dizer em vida, deixou impregnado esse sentimento na parte me que nosso infeliz autor nominou de "chata pra caralho" .

Disponibilizo a obra, caro leitor, para que fique a vontade para ler e tirar suas prórpias conclusões. Também te agradeço se voltar aqui e opinar!

Espero que estejam gostando das HQs tanto quanto eu. Tenho relido todas as que posto, realmente tem sido um prazer disponibilizar este material.

Quero agradecer publicamente ao Eudes Honorato, do Rapadura Açucarada, ao pessoal do V de Vertigem... E a todos os loucos que tiveram coragem de destruir um gibi para escanear e nos presentear com essas pérolas de acesso à informação, sem ocupar espaço! :)

É isso!

Abraços,

Ronald

13 de fev. de 2009

Sexta-feira 13, 13:13 pm

Os vídeos citados no texto estão disponíveis no final do post.

Faz tempo que não publico no Blog.

Muita coisa para dizer.

"Só não saber como."

Comecei alguns posts, que ainda estão rascunhos, mas não continuei.

São pessoais. São minhas frustrações.

Frustrações de um ser que viu o encanto da vida cair por terra perante o comportamento de seus irmãos. Sim, depois de muito ler à respeito de diversas religiões, inclusive aprofundar sobre o que é teologia, cheguei à conclusão que somos todos à mesma coisa, portanto, tudo o que é vivo é irmão.

Ainda sinto vergonha de publicar o que escrevo. Portanto, alguns textos continuarão inéditos.

Através da rede social diHITT, descobri "Zeitgeist, the movie".

Um filme que não mostra só o problema. Ele te arregala o olho e te faz enxergar as coisas como elas são. Fora isso, ainda tem o "Zeitgeist, Addendum".

Ontem, ví o FHC falando sobre descriminalização do THC.

A maconha não é ilegal porque dá barato quando fumada.

O inimigo da Dimba é o óleo de pedra. É o petróleo.

Repito, para quem não entendeu, maconha é ilegal porque pode substituir o petróleo.

Quem vai atrás da história, percebe isso fácil, fácil.

E o petróleo, na minha humilde opinião, é pior que merda.

A eletrecidade é perfeita! Para que usar petróleo? 

Por que não ouço pessoas "importantes" falando de coisas importantes?

Num país onde impera o contraste rico/pobre, quem tem, está bem e quem não tem, coitado. Aí dizem pro cidadão que não tem que se ele quer ser alguém na vida, ele deve estudar.

Depois ele cresce e acredita que realmente é alguém, um doutor, padre, policial, professor, político, artista, que colabora efetivamente para nossa perfeita sociedade!

Bom, vamos falar de História do Brasil. Neste país, os territórios nunca estiveram à favor do povo. Sempre, desde as capitanias hereditárias, a "terra em que se plantando tudo dá" pertenceu à poucas pessoas. Até pouco tempo atrás, éramos uma sociedade escravagista. Declaramos que não éramos mais e abandonamos milhares de pessoas à própria sorte. As "donas" de terra continuaram assim, nada mudou. Nascemos como colônia, isto é, como fonte inesgotável de recursos valiosos, que foram sumariamente explorados e depois que já não havia mais nada tão à mão, em 1825 tivemos nossa "independência" reconhecida. No "governo", as mesmas pessoas de sempre, fazendo o que fazem sempre, falando demais e fazendo de menos. Fazendo de menos para o bem coletivo, porque para interesses prórpios, fazendo de tudo. Inclusive matando. E para aplacar a ira da multidão, a receita vem da Roma antiga: Pão, Vinho e os Jogos! Enquanto a população dita brasileira acompanhar futebol como a máxima realização humana, estaremos estagnados. Continuarão no "governo" as mesmas pessoas, que são descendentes diretos das mesmas que já estavam lá desde as capitanias hereditárias. E o povo, continua achando o máximo cair no samba. Viva o carnaval. Viva o Lula! Viva Lampião! Um viva para o povo acéfalo e cego que vive no Brasil varonil! Afinal, é lindo ser ignorante de dizer de boca cheia, "eu não gosto de ler", ou "só leio revistas e jornais, o caderno de esportes". Por favor, passamos da hora como Brasileiros de exigir que mudanças profundas sejam feitas em nossa sociedade. Deixemos de ser macacos de repetição e vamos mudar a maneira de encarar o mundo.

Se existe um cancro na sociedade, a origem do tumor, as células cancerígenas, são as cédulas. O dinheiro. A perdição de Roma. Denarivs. Salário. Escravo. Simples assim.

Dedique quatro horas da sua vida para assistir o Zeitgeist, the movie e o Addendum.

Duvido que você continue igual.

Se quiser se aprofundar, assista também ao Terráqueos. Felizmente, eu finalmente sei o que eu sou. E também sei que o que me deixa profundamente triste, é saber que são todos meus irmãos. E que todos estão imersos numa ilusão sem sentido, confortáveis em suas ocas, babando na frente da televisão, bebendo cerveja, falando besteira e dando risada.

Perante um universo tão grande, vasto e diversificado, é absolutamente terrível ver como o ser humano é mesquinho e animalesco. Mas... assista. Você entenderá o que estou falando.

Ainda não consegui ir para Moema. Portanto, para quem quiser entrar em contato comigo, me liga antes. Posso estar no ateliê ou em casa. São muito próximos portanto, antes de vir, me liga!

Nesse meio-tempo que fiquei sem vir por aqui, dei uma abandonada na internet, desencanei de "existir" on-line, já que na prática, ainda não me resultou em lucro. Ora, vivemos numa sociedade capitalista. O único objetivo do capitalismo é o lucro. Por que devo perserguir outra coisa?

Portanto, estou selecionando muito o que ando fazendo.

Bom, deixando o pessimismo de lado, encontrei um RPG digno de nota. O melhor, grátis. E muito "old school". Tenho dedicado algumas horas da minha vida à uma personagem. o jogo se chama Nodiatis, o que me chamou a atenção foi o fato de ser um "difficult rpg". Aproveitem, ainda dá para fazer uma conta grátis. E eu gostei muito do jogo. http://www.nodiatis.com/

Outro jogo que também tenho me divertido é o Impéria Online. Ah, ambos são "browser games", dá para jogar em qualquer lugar!

Bom, espero que a partir da segunda quinzena de fevereiro pare de chover, pois meu ateliê é um quintal e com chuva, "necas de pitiribas", eletricidade e água não combinam. Tudo bem, concordo que tem que chover, mas chega, não posso nem dizer que são chuvas de verão, estão parecendo as monções!

Fora isso, nesse meio-tempo entre o último post e este, fiz dois pares de baquetas e uma placa para uma chácara, além de ter finalizado a placa de pirografia. Só não acho certo, ir para moema com apenas uma peça, investir tempo, dinheiro, porque tenho que alugar a barraca, para mostrar apenas uma peça. Encontrar um parceiro para preencher essa lacuna está difícil. Mas sei que vou encontrá-lo.

Bom, vou voltar ao mundo real. Seguem os vídeos, que considero importantíssimos para um melhor entendimento do mundo e da sociedade (podre) em que vivemos.

Zeitgeist, the movie


Zeitgeist, Addendum


Terráqueos


PS. Fique à vontade para se expressar através dos comentários, após assistir essas três obras.

7 de dez. de 2008

Futebol: Ocupação para Desocupados


Perdoem-me os entusiastas do esporte bretão, mas o Futebol é para mim tão inútil quanto uma droga psicotrópica. Não têm utilidade prática, a não ser destruir o indivíduo e transformá-lo em receptor passivo. Cresci junto a torcedores fanáticos. Tive amigos e parentes "fanáticos", acompanhavam os respectivos times, os campeonatos, sabiam quem era quem e torciam... Meu Senhor, como torciam. E quando ganhavam, era um escândalo, uma felicidade tremeda... Nunca entendi isso. Nunca consegui sentir isso. Minha postura é simples perante o que não conheço. Primeiro, vou atrás de literatura sobre assunto, para saber como pensam os "outros". Depois, experimento, partindo daí a formação de uma opinião. Claro, não precisei experimentar cocaína para saber que não quero papo com ela. O fato de ter acessado informação de outros e presenciar pessoas sob seu efeito, pude formular minha opinião. Atualmente, estou preso à poucas drogas. Cigarro, refrigerante e internet. São meus três vícios. Os dois primeiros, quero me livrar, sei que vou conseguir, é só tomar vergonha e na cara e me enfrentar. Bom, vamos voltar ao assunto.


Um dia, encontrei na lixeira um livro. É gente, na lixeira. Nome do livro? CBF NIKE, As investigações da CPI do Futebol da Câmara dos Deputados desvendam o lado
 oculto dos grandes negócios da cartolagem e passam a limpo o futebol brasileiro. Incrível né? Mas tem mais. O livro é de autoria de Aldo Rebelo e Silvio Torres. O exemplar que estava na lixeira ainda continha mais um detalhe: está autografado pelo próprio Aldo. Sim queridos leitores. Um livro, autografado pelo autor, no lixo. Mal sabia eu que esse livro iria servir de base para questionar o povo brasileiro como civilização. O futebol no Brasil é visto como patrimônio cultural. Assim como o carnaval, o samba, entre outros. Todo entusiasta do futebol deveria ler esse livro. Para perceber o descalabro de sua atitude, dedicar tantas horas de sua existência acompanhando pessoas que nada fazem para acrescentar em sua vida. Afinal, o que o futebol acrescenta em nossas vidas? Nada, não é mesmo?


O futebol não nasceu na Inglaterra, como gostam os puristas. Assim como o milho e a batata (que de inglesa não tem nada), o futebol foi criado por civilizações mesoamericanas.  As regras eram bem parecidas, a principal diferença residia na "bola": a cabeça de um inimigo! Sim, o futebol nasceu com seres humanos chutando a cabeça de outra pessoa. A história deste esporte em nosso país é sórdida, começou com os ingleses, em São Paulo, nos idos de 1890. Até a decada de 20 era um esporte de "elite". Mas a partir daí começou a se popularizar. Logo os intelectuais da época notaram os perigos "escusos" motivos do futebol, como a manipulação da atenção do indivíduo. Dali para frente, o Brasil se tornou a "nação do futebol". Por que isso aconteceu? Ora, muito simples. Não tendo muita opção, o proletariado viu no futebol uma possibilidade de carreira, de renda. Para esta humilde opinião, quem joga futebol ou é político, deveria exercer essas profissões por gosto, não por carreira. Isto é, não deveriam receber qualquer pagamento por isso. Deveria ser voluntário. Pior é saber que a grande maioria da população é suficientemente ignorante para adotar o futebol como estilo de vida. E o governo tira proveito disso. Escancaradamente. Vamos aos exemplos:


Durante a ditadura militar, o futebol foi utilizado para unir a nação, criar um sentimento de patriotismo e união em torno de uma idéia única, a seleção brasileira. "Somos todos Brasileiros". Isso perdurou até a década de 60. Na década de 70, tivemos a imortalização do individualismo hipócrita que realmente impera neste país com o jogador Gérson de Oliveira protagonizando uma campanha de cigarros (notem, um jogador de futebol protagonizando uma campanha de cigarros) e sintetizando a moral brasileira: Gosto de levar vantagem em tudo.


O Impeachment do Presidente Collor nos garantiu várias "Copas do Mundo" seguidas... Afinal, somos os melhores? Será que sou o único que vê isso? Que vê que o povo brasileiro é apático, pouco faz para melhorar e se contenta com o que lhe é oferecido? Se contenta em ver "seu" time campeão? Que diferença prática isso faz na vida de um cidadão? Em que isso serve para iluminar nossa ignorância? Que o mundo é um lugar cruel, eu já sabia. Que era povoado por pessoas más, vis,  isso foi novidade. Se a natureza é dura para com os "selvagens", para com os civilizados ela é sórdida, pois nos põe sob o jugo de pessoas sem caráter...


Tive a sorte de encontrar poucos indivíduos que me ensinaram alguma coisa. Uma das lições mais eficazes que aprendi, foi com um velho sensei japonês. Ganhei uma luta. Ergui os braços e gritei. Ele me chamou para uma conversa. Disse o sensei: Para que você treina? Para agir na hora certa, respondi. Portanto, disse ele, ao utilizar uma técnica que você vêm praticando já a um certo tempo, ela deve funcionar, correto? Correto, respondi. Então, quando você for bem sucedido numa ação, saiba que você não está mais do que cumprindo com sua obrigação. Se você entra numa luta, para que você entra? Para apanhar? Acredito que não. Você entra para vencer. Quem não entra assim numa luta, não ganha. E quem ganha, só está conseguindo realizar seu intento. Isto é, cumprir com sua obrigação. Pense nisso. Obrigado, sensei... E me retirei.


Realmente, penso assim, desde então. Se me disponho à fazer algo, é para fazer muito bem-feito. Caso contrário prefiro não fazer. O resto, é consequência. Portanto, quando vejo pessoas paradas babando na frente de uma televisão vendo 22 idiotas correndo atrás de uma bola, tentando chutar por entre duas traves e travessão e ao conseguirem um monte de indivíduos gritando, comemorando, chorando, agradecendo, fico me perguntando... Será que eu sou o único que vê isso é uma exploração descarada da consciência do indivíduo? Na prática, o futebol não nos torna melhor nem pior. O futebol apenas revela o macaco que somos. E consome parte de nossa existência como ser pensante, afinal assistir uma partida de futebol é jogar 1h30 de existência na latrina.


Obrigado e aguardo sua opinião!

20 de nov. de 2008

Posse Responsável de Animais Domésticos

Hoje venho aqui para falar de uma coisa que a maioria das pessoas desconhece. Na realidade, o ser humano prefere ignorar seu papel no mundo à cumprí-lo, relegando esse papel à outros... Ou você vai me dizer que nunca pensou depois de ouvir uma tragédia... "Comigo isso nunca vai acontecer..."
Tenho 3 felinos, 2 gatos e 1 gata... Ouvi dizer que os gatos no egito eram venerados como deuses... 
Bom, mas deixe eu ir ao cerne. Sobre posse responsável, encontrei isto: (grifo meu)

Antes de ter um animal, faça a si mesmo as seguintes perguntas:

-Estou consciente de que terei um companheiro para mais ou menos 15 anos de convivência?

-Tenho condições financeiras suficientes para fornecer-lhe comida de qualidade e um espaço adequado?

-Tenho tempo para dar-lhe atenção, carinho e os cuidados necessários?

-Estou preparado para dividir minha vida com alguém que, além de muito reconhecimento e carinho, dependerá de mim para o resto da vida?

-A minha família aceitará bem o meu novo amigo?

Diante de tantos casos de abandono e maus-tratos, achamos que é chegada a hora de alertarmos á população brasileira sobre os critérios para a posse responsável de animais domésticos.

Muitas pessoas não sabem , mas agredir ou abandonar animais domésticos, silvestres ou domesticados é crime previsto pela Lei de Crimes Ambientais, 9.605/98, artigo 32.

Está cientifícamente provado que ter um animal de estimação , faz muito bem á saúde mental e física, mas ao adquirir( ou preferencialmente adotar) é necessário ter bom senso , responsabilidade e muito amor para oferecer a ele.

Idealizamos algumas dicas educativas para quem decidiu em ter ao seu lado um bicho feliz:

- Nunca capture animais silvestres (pássaros, répteis, primatas). Você poderá ser indiciado por tráfico;

-Ao invés de comprar, prefira adotar um animal de um abrigo. Você estará ajudando a tirar das ruas um animal carente, além de não incentivar a reprodução e o comércio ilegal de cães e gatos;

-Mantenha o seu animal sempre dentro de casa, nunca solto na rua.

Para os cães, passeios são fundamentais, mas somente com coleira/guia e conduzido por quem possa conter o animal;

-Cuide da saúde física do animal; dê atenção, carinho e um ambiente adequado;

Dê educação, se necessário por meio de adestramento, mas respeite as características do animal;

-Recolha e jogue os dejetos em local apropriado;

-Identifique o animal com plaqueta e registre-o no Centro de Controle de Zoonoses ou similar, informando-se sobre a legislação do local;

-Impeça as crias indesejadas de cães e gatos. Castre os machos e fêmeas. A castração é a única medida definitiva no controle da procriação e não tem contra-indicações.

A POSSE RESPONSÁVEL É CIDADANIA , POR ISTO, É UM DEVER DE TODOS INCENTIVÁ-LA!. (FONTE CITADA AQUI)


Ainda digo que nos casos de gatos que vivem em casas, eles não devem sair à rua. E para os de apartamento, tela nas janelas é um ítem obrigatório. Divulguem isso, principalemente para quem já tem animais e provavelamente nunca ouviu falar de posse responsável... No meu bairro mesmo, é assustador a quantidade de animais e seres humanos abandonados nas ruas... 
Fico pensando... se o ser humano faz o que faz com os da própria espécie, com seus semelhantes, pobres animais, sujeitos à crueldade humana... 

Aproveito e pergunto, você já assistiu "Ilha das Flores" do Jorge Furtado? Não? Então permita-se tomar um soco no estômago. Assista. E depois me conta sua opinião.

Para finalizar, apresento-lhes o Zen, o primeiro gato que recolhi, lá na UEL, quando estudei lá: