15 de jun. de 2009

Pau na máquina



Ah, a vida, essa caixinha de surpresas...

Devido à um "pau" na máquina, fiquei 6 dias sem acesso ao meio digital.

Descobri que meu equipamento é obsoleto, foi difícil colocá-lo em pé novamente.

Até aí, qualquer coisa que não óptico é obsoleto. Um processador de silício é obsoleto para a tecnologia já descoberta. Mas... Isso é segredo, não podemos destruir toda uma cadeia industrial assim, sem mais nem menos.

Seis longos dias sem máquina. Senti na pele os efeitos da expressão "Cold Turkey", onde o viciado fica sem a droga e manifesta fisicamente sintomas de desequilíbrio orgânico.

Nessa minha existência, a única coisa que me acompanha é o computador.

Acessei Teletexto, BBS, usei disquetes de 5"1/4, olho para uma tela desde que me conheço por gente. A tela foi de fósforo verde no XT. Foi VGA no 486. Atualmente, encaro uma tela de LCD. Como já disse aqui, fui testemunha de uma curva de desenvolvimento tecnológico amedrontador.

Em 50 anos o macaquinho humano descobriu mais coisa que em 300 mil anos de existência.

Mas mesmo assim, pessoas continuam escravas. Por quê?

Afinal, onde reside a diferença?

Bom, tudo isso para dizer que estou de volta. E com muita coisa para fazer.


Going cold turkey, withdrawing from a habit. (Smoking, drugs, sugar)

Um comentário:

  1. Uma canção fantástica, que pega forte na veia, com a marca do gênio de Lennon.

    Perfeita ilustração sonora para um texto que traduz essa indigesta "síndrome de abstinência" digital, que inegavelmente faz a gente naufragar no seco.

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